Março Lilás – Mês da Conscientização e Combate ao Câncer do Colo do Útero

Em março temos a campanha do Março Lilás, que é o mês da conscientização e combate ao câncer do colo do útero. O câncer do colo do útero (CCU), também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção genital persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano – HPV (chamados de tipos oncogênicos).

Esse vírus é sexualmente transmissível, muito frequente na população e seria evitável o contágio com o uso de preservativos. Na maioria das vezes a infecção não causa doença, mas em alguns casos, ocorrem alterações celulares que podem evoluir ao longo dos anos para o câncer. A presença do vírus e de lesões pré cancerosas são identificadas no exame preventivo (conhecido também como Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica do exame preventivo. As vacinas contra o HPV são também muito importantes para prevenir infecções por estes vírus e, portanto, prevenir o desenvolvimento deste câncer. Outros fatores de risco para o desenvolvimento deste câncer são o tabagismo e a baixa imunidade.

Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, o CCU é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina (atrás do câncer de mama e do colorretal), e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.

O que aumenta o risco?

Início precoce da atividade sexual e múltiplos parceiros.
Tabagismo (a doença está diretamente relacionada à quantidade de cigarros fumados).
Uso prolongado de pílulas anticoncepcionais.

Como prevenir?

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo Papilomavírus Humano (HPV). A transmissão da infecção ocorre por via sexual, presumidamente por meio de abrasões (desgaste por atrito ou fricção) microscópicas na mucosa ou na pele da região anogenital. Consequentemente, o uso de preservativos (camisinha masculina ou feminina) durante a relação sexual com penetração protege parcialmente do contágio pelo HPV, que também pode ocorrer pelo contato com a pele da vulva, região perineal, perianal e bolsa escrotal.

Vacinação contra o HPV

O Ministério da Saúde implementou no calendário vacinal, em 2014, a vacina tetravalente contra o HPV para meninas de 9 a 13 anos. A partir de 2017, o Ministério estendeu a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Essa vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV. Os dois primeiros causam verrugas genitais e os dois últimos são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero.

A vacinação e a realização do exame preventivo (Papanicolau) se complementam como ações de prevenção desse tipo de câncer. Mesmo as mulheres vacinadas, quando alcançarem a idade preconizada (a partir dos 25 anos), deverão fazer o exame preventivo periodicamente, pois a vacina não protege contra todos os tipos oncogênicos do HPV. Para mulheres com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas e portadoras de cânceres, a vacina é indicada até 45 anos de idade.

Sinais e sintomas:

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Nos casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (que vai e volta) ou após a relação sexual, secreção vaginal anormal, dor durante a relação sexual, dor abdominal e queixas urinárias ou intestinais.

Colegiado Gestor 2024

Na manhã de ontem, quarta-feira, ia 28 de fevereiro, tivemos a primeira reunião do Colegiado Gestor de 2024, o evento contou com grande participação da comunidade, com representantes da associação de moradores local e, também, com representantes da associação dos pescadores, além de claro, moradores e profissionais da UISMAV.

Após uma breve apresentação da equipe que estava presente, a diretora Mônica mostrou a pauta da reunião, que abordou a atual situação da equipe médica da Saúde da Família, o retorno dos projetos de Psicomotricidade, ComunicAÇÃO e Arteterapia, que atendia crianças com possíveis necessidades especiais, vacinação infantil contra a dengue e os aumentos nos casos de dengue.

O primeiro tópico abordado foi sobre a vacância médica, pois a parir da próxima semana, a unidade ficará 15 dias sem médicos no atendimento da Saúda da Família, mas continuará com atendimentos normais na parte emergencial. Em relação a vacinação contra a dengue, ela já começou, no momento o foco são crianças entre 10 e 11 anos, a cobertura irá aumentar gradativamente ao longo do ano.

Na cobertura da vigilância dos aumentos nos casos de dengue, foi dito como as ações já são feitas, mas houve também um reforço sobre os cuidados que as pessoas podem e devem ter em suas próprias casas e vizinhanças, notificando os órgãos responsáveis, em caso de focos de larvas, mas também sem deixar de ficarem atentos para suas próprias residências.


Uma breve rodada para esclarecimento de dúvidas foi feita, mas que logo deu lugar a questionamentos livres, que estivessem ou não na pauta, nesse momento tanto representantes das associações, quanto outros moradores da ilha, apresentaram suas questões, que foram prontamente respondidas.

  

Reunião de Planejamento da Vigilância

Na manhã desta quarta-feira, dia 21 de fevereiro, tivemos uma importante reunião da vigilância em saúde, com representantes da CAP, para traçar estratégias de para melhorar o monitoramento e atendimento a população.

Com o verão e o aumento expressivos nos casos de dengue, a busca da população pelos serviços de saúde aumentam e, também, o aumento nos números de denuncias de focos de larvas de mosquito. Como a Ilha de Paquetá possui muitas peculiaridades, seja por sua geografia, ou a grande quantidade de casas de veraneio com piscinas. que ficam semanas, às vezes até meses vazias, é importante planejar como a atuação dos agentes será feita nesses e em outros casos.

Tão importante quanto o trabalho dos profissionais em combater focos, a população tem um papel fundamental nessa ação, seja alertando sobre focos que possam encontrar em terrenos baldios, ou em casas vizinhas, mas também mantendo atenção para possíveis focos dentro de suas próprias casas.

   

Fevereiro Roxo

A campanha Fevereiro Roxo busca sensibilizar sobre a importância dos exames preventivos e diagnósticos de três doenças incuráveis: lúpus, alzheimer e fibromialgia. No entanto, a conscientização e o tratamento adequado oferecem aos portadores a oportunidade de buscar uma melhor qualidade de vida. Iniciada em 2014, em Minas Gerais, com o lema “Se não houver cura, que ao menos haja conforto”, a campanha expandiu-se por todo o Brasil.

“Eu acho que todo marketing que pode ser feito em cima de doenças tão relevantes para nossa sociedade e que muitas vezes são pouco conhecidas é muito importante. Assim como qualquer doença, tudo aquilo que não está indo bem com você são dados de alerta para prestar atenção no seu corpo”, afirma o reumatologista dr. Jaime Goldzveig.

O Lúpus é uma doença inflamatória e autoimune que afeta múltiplos órgãos e tecidos, apresentando sintomas como febre, fadiga, rigidez muscular, inchaço, dores em articulações e lesões na pele agravadas pela exposição solar. Sobre a forma de tratamento, Goldzveig explica que a doença “tem que ter uma ação fundamentalmente do reumatologista, não basta somente terapias periféricas como as atividades físicas, que lógico que é importante, mas no lúpus é necessário entrar com a estratégia de terapia medicamentosa de ação mais rápida, como corticoides”.

Outra doença que integra a campanha, a fibromialgia afeta principalmente mulheres de 30 a 60 anos, causando dor generalizada, fadiga, dificuldades cognitivas, insônia e até depressão. Conviver com o diagnóstico é desafiador, mas possível com o suporte adequado. Conforme dados da SBR (Sociedade Brasileira de Reumatologia), a condição acomete 3% da população brasileira.

“A fibromialgia também é dor, né? O que faz o paciente chegar no reumatologista é dor, uma dor crônica. O paciente não tem uma queda do estado geral, via de regra na fase inicial. A fibromialgia é um quadro que você faz o diagnóstico de acordo com os meses. Pela forma que se instala, você tem que observar a evolução. Muitas vezes na fase inicial os sintomas são muito confusos e difusos, então somos obrigados a fazer um diagnóstico diferencial das que tem sintomas similares em sua fase inicial. A fibromialgia até hoje não tem um diagnóstico laboratorial e nem de imagem”, comenta o médico.

Já o alzheimer é uma doença degenerativa com sintomas como falta de coerência na fala e perda de memória. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), afeta aproximadamente 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, número que o órgão estima que deve dobrar até 2030. No país, a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) revela que 1,2 milhão de brasileiros sofrem com a doença.

Fonte:
https://www.saopaulo.sp.leg.br/blog/fevereiro-roxo-busca-conscientizar-sobre-lupus-alzheimer-e-fibromialgia/

Fevereiro Laranja

Fevereiro é o mês de conscientização da leucemia, um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas da medula óssea, em sua maioria os glóbulos brancos. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 11.540 novos casos para os próximos anos, sendo 6.250 em homens e 5.290 em mulheres. Desses, 6.738 evoluirão para morte, de acordo com a última edição do Atlas de Mortalidade por Câncer de 2020.

Para informar a população sobre formas de prevenção, diagnóstico e combate à doença, foi instituída da campanha Fevereiro Laranja, com ações por todo o país. O Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (HUAP-UFF), é referência no tratamento de vários tipos de câncer das células do sangue, por meio do Serviço de Hematologia. O HUAP é uma das 41 unidades de saúde administradas pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Segundo explica a chefe do Serviço, a hematologista Mônica Kopschitz Praxedes, as células se tornam leucêmicas após sofrerem mutações genéticas que lhes conferem vantagem proliferativa sobre as normais. “Elas ocupam a medula óssea, bloqueiam a produção das células sanguíneas normais e se reproduzem no sangue, a partir do qual podem infiltrar vários órgãos como linfonodos, baço, fígado e sistema nervoso central, dentre outros”, disse.

A leucemia pode se manifestar de forma aguda ou crônica. A aguda é caracterizada por células imaturas, sem capacidade funcional e pela rápida evolução para a morte, se não tratadas adequadamente. “Apesar da gravidade, são doenças curáveis em uma parte dos casos”, ponderou a médica. Já nas leucemias crônicas, a proliferação das células neoplásicas é lenta e predominam células com algum grau de maturação. O paciente pode ficar assintomático por meses e até mesmo por anos.

Tipos:

Existem dois tipos principais de leucemias: a mielóide e a linfóide. Considerando ambos os fatores, o tempo de evolução e a origem celular, a doença divide-se em vários subtipos: Leucemia Mielóide Aguda (LMA), que é uma doença grave, possui mortalidade elevada, porém é curável em parte dos casos, sendo mais comum nos adultos; Leucemia Linfóide Aguda (LLA), doença grave que afeta mais as crianças e possui elevada possibilidade de cura. A LLA ocorre também nos adultos, porém com pior prognóstico em relação à infância; Leucemia Mielóide Crônica (LMC), doença mais frequente nos adultos, assintomática durante algum tempo, evolui com o aumento do baço e, se não tratada, pode-se transformar em uma leucemia aguda; e a Leucemia Linfóide Crônica (LLC), doença que predomina nos idosos, evolui lentamente e pode ser controlada com medicação, porém, não tem cura.

Os sintomas variam. Suspeita-se de leucemia quando há sinais e sintomas como palidez e cansaço relacionado à anemia, manchas roxas na pele e outros sangramentos anormais, geralmente relacionados à baixa das plaquetas, febre, sudorese noturna, dor óssea, aumento de gânglios linfáticos, do baço ou do fígado.

“Na maior parte dos casos, não é possível determinar a sua causa, mas evitar exposição a radiações, pesticidas, substâncias químicas industriais, como o benzeno e o tabagismo, são aconselháveis. Algumas doenças genéticas, como a Síndrome de Down, a exposição prévia a quimioterapia para tratamento de um câncer e o envelhecimento contribuem para a ocorrência das leucemias”, explicou a médica Mônica Kopschitz Praxedes Lusis.

Tratamento:

Atualmente, apenas as leucemias agudas são curáveis, especialmente a Leucemia Linfóide Aguda da infância. As leucemias crônicas são controladas com quimioterapia, que, em geral, possibilita aos pacientes uma boa qualidade de vida. “Alguns casos de leucemias agudas e, mais raramente, de leucemias crônicas necessitam de um outro tratamento além da quimioterapia, o chamado Transplante de Medula óssea (TMO) alogênico”, explicou a médica.

Nesse tipo de transplante, a medula óssea do paciente, que não está funcionando adequadamente, é substituída por células-tronco hematopoiéticas de um doador saudável e com uma composição genética semelhante, podendo ser um familiar ou não. O serviço ainda não é oferecido no HUAP e os pacientes com indicação de TMO alogênico são encaminhados para unidades transplantadoras do Rio de Janeiro.

Fonte:
https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202402/fevereiro-laranja-alerta-para-sintomas-da-leucemia

Janeiro Roxo

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Dia 26 de janeiro é o Dia Mundial Contra a Hanseníase. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A contaminação ocorre pelo Mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.

O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para contribuir com o diagnóstico precoce da doença, em 2022 foram incluídos ao SUS três novos testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência da doença. O uso começa neste ano.

Hanseníase no Brasil

O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em pessoas com menos de 15 anos.

 

Treinamento Básico de Uso e Manuseio de Extintores de Incêndio

Nunca sabemos quando uma emergência pode acontecer, estar preparado é sempre muito importante, pensando nisso, tivemos ontem o Treinamento Básico de Uso e Manuseio do Extintores de Incêndio, para diversos profissionais da UISMAV, dos ACS, enfermeiros, até o pessoal responsável pela limpeza.


O treinamento consistiu em apresentar materiais inflamáveis e a melhor forma de combater um princípio de incêndio, de acordo com este material. O instrutor, Ronaldo Oliveira, mostrou também os três tipos diferentes de extintores e a forma correta de manuseio e quais casos usar cada um deles, por exemplo, em caso de incêndio com materiais como madeira, papel e algodão, utilizar o extintor de água, para coisas de incêndio em rede elétrica, o de CO2.


O foco do treinamento foi conscientizar e instruir os presentes da importância do uso correto dos extintores, identificando cada um deles e, também, que eles devem ser usados apenas em princípios de incêndio, para que o mesmo não se alastre e fique fora de controle.

Sala de Espera: Janeiro Roxo

Janeiro e o mês de conscientização sobre o combate a Hanseníase, com isso em mente, na manhã do dia 17 de janeiro, a nossa ACS (Agente Comunitária de Saúde) Viviane, realizou a sala de espera no acolhimento e na academia carioca para sensibilização e informação sobre a doença. Além da palestra, houve também distribuição de panfletos informativos.

Você conhece a Hanseníase?

Ela é uma doença infecciosa que afeta, principalmente, a pele e os nervos. Os sintomas podem incluir falta de sensibilidade na pele, áreas com falhas de pelo, perda da sobrancelha, além de fisgadas e sensações de choque nos cotovelos e tornozelos.

 

Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade

O Dia do Médico de Família e Comunidade é uma data que reconhece e celebra a importância dos profissionais que desempenham um papel fundamental na promoção da saúde e no bem-estar das comunidades. Estes médicos têm uma abordagem abrangente no cuidado de seus pacientes, concentrando-se não apenas nas doenças específicas, mas também nas condições sociais, familiares e ambientais que podem impactar a saúde de uma pessoa.

Os Médicos de Família e Comunidade são peças-chave na construção de uma atenção primária sólida. Sua atuação vai além do tratamento de enfermidades, estendendo-se à prevenção, educação em saúde e promoção de hábitos saudáveis. Ao estabelecerem relações de confiança e compreensão com suas comunidades, esses profissionais contribuem significativamente para a melhoria dos indicadores de saúde populacional.

Em última análise, o Dia do Médico de Família e Comunidade não apenas homenageia esses profissionais dedicados, mas também destaca a importância de investir na atenção primária como um meio eficaz de proporcionar cuidados abrangentes e acessíveis a todas as camadas da sociedade, contribuindo assim para a construção de comunidades mais saudáveis e resilientes.

 

Dezembro Laranja

Dezembro é um mês especial, além da campanha de conscientização e prevenção contra as ISTs (infecções sexualmente transmissíveis), temos também o “Dezembro Laranja”, que visa a prevenção aos cânceres de pele.

O Brasil é um país tropical que convive com altas exposições solares praticamente o ano inteiro. Estar em contato com a luz do sol é importante para a saúde e o bem-estar, afinal essa é a principal fonte de vitamina D. A deficiência de vitamina D resulta em mineralização inadequada do esqueleto, sendo mais prejudicial em crianças e em situações específicas.

A luz solar tem interferência, inclusive, no humor das pessoas. O grande segredo para essa relação se manter pacífica é a moderação. Isso porque a exposição excessiva e feita de maneira errada tem forte ligação com o surgimento do câncer de pele, uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal das células desse órgão.

Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) escolheu dezembro, mês marcado pelo início do verão nos países do hemisfério sul, para instituir a campanha “Dezembro Laranja”, buscando a prevenção e detecção precoce do câncer no maior órgão do corpo humano. Os cuidados vão muito além do uso de filtro solar. É preciso ter atenção aos horários corretos para se expor ao sol, evitando ampla exposição no intervalo entre 10h e 16h, além do uso de roupas e acessórios adequados (chapéu, boné, óculos, roupas com proteção ultravioleta, guarda-sol e sombrinha).

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as estimativas de incidência do câncer de pele não melanoma em 2020 foi de 176.930, sendo 83.770 homens e 93.160 mulheres. Já para o tipo melanoma a estimativa, neste mesmo período, foi de 8.450, sendo 4.200 homens e 4.250 mulheres. O câncer de pele mais frequente no Brasil é o não melanoma e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país.

Entenda as diferenças

De acordo com o INCA, as diferenças entre esses dois tipos de cânceres de pele são:

Câncer de pele não melanoma

É provocado pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, mas se não for tratado precocemente pode resultar em ressecções amplas e disfunção estética. Esse câncer de pele é representado por tumores de diferentes tipos, sendo os mais comuns o carcinoma basocelular, que é o menos agressivo, pois ele atinge as células presentes na camada mais profunda da epiderme (camada externa da pele) e o carcinoma epidermóide (ou espinocelular), que atinge as células escamosas, formadoras das camadas superiores da pele.

Câncer de pele melanoma

Tem origem nas células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele. Ele é mais frequente em adultos brancos e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais, sobretudo nas áreas mais expostas à radiação solar Nos indivíduos de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés. É considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo, por ter grande chance de se espalhar para tecidos e órgãos vizinhos, mas o prognóstico pode ser considerado bom quando detectado em sua fase inicial.

O que é importante ficar de olho?

A exposição prolongada e repetida ao sol aumenta o risco para o câncer de pele, especialmente entre as pessoas que possuem pele clara, olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ou que são albinas. Mas as pessoas de pele negra também precisam se cuidar, mesmo que a incidência seja menor. Isso porque outros fatores de risco incluem indivíduos com histórico familiar, doenças de pele prévias, sistema imune debilitado e exposição à radiação artificial.

Os principais sintomas do câncer de pele são: surgimento de manchas que coçam, descamam ou que sangram. Sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor. Ou ainda feridas que não cicatrizam em 4 semanas. Assim que perceber qualquer sintoma ou sinal, procure o mais rapidamente a unidade de Atenção Primária à Saúde (APS) mais próxima de sua residência.

Fonte: Ministério da Saúde