15/02 – Dia Internacional do Câncer na Infância

No dia 15 de fevereiro a comunidade global celebra o Dia Internacional do Câncer Infantil com uma campanha colaborativa para aumentar a conscientização sobre o câncer infantil e expressar apoio às crianças e adolescentes com câncer, os sobreviventes da doença e suas famílias.

Câncer infantil na Região das Américas e no mundo:

O câncer é a principal causa de morte de crianças e adolescentes em todo o mundo. A cada ano, mais de 400.000 crianças são diagnosticadas com câncer. Na região das Américas, a estimativa foi de 32.065 novos casos de câncer em 2020 em crianças de 0 a 14 anos; deles, 20.855 casos foram na América Latina e no Caribe.

Crianças com câncer que vivem em países de renda baixa e média enfrentam injustiças inaceitáveis ​​na detecção precoce, no diagnóstico e no acesso a tratamento de qualidade e a cuidados paliativos. Os resultados inferiores inferiores atingidos por essas crianças são uma ameaça à coesão social, à prosperidade econômica e ao cumprimento das metas globais incluídas na Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável.

A Iniciativa Global para o Câncer Infantil da Organização Mundial da Saúde (OMS) visa melhorar os resultados para crianças com câncer em todo o mundo. O objetivo é dar a todas as crianças com câncer a melhor chance de sobreviver, de viver uma vida plena e abundante e de viver e morrer sem sofrimento. Trabalhando além das fronteiras, setores e disciplinas, podemos criar um futuro melhor para as crianças com câncer.

Assim como nos países desenvolvidos, no Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte (8% do total) por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

Nas últimas quatro décadas, o progresso no tratamento do câncer na infância e na adolescência foi extremamente significativo. Hoje, em torno de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados, se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados. A maioria deles terá boa qualidade de vida após o tratamento adequado.

O câncer infantojuvenil corresponde a um grupo de várias doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. Diferentemente do câncer do adulto, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais.

Os tumores mais frequentes na infância e na adolescência são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).

Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).

Os pais e/ou responsáveis devem estar alertas às queixas das crianças e, ao sinal de alguma anormalidade, levá-los para avaliação de um profissional de saúde.

O câncer em adultos está ligado ao envelhecimento, ao tabagismo, ao consumo de álcool, entre outros riscos de exposição, já o câncer na infância não tem relação com fatores ambientais e de estilo de vida. Por esse motivo, é muito importante o diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento. Atenção a alguns sinais e sintomas, como:

– Perda de peso contínua e inexplicável;
– Dores de cabeça com vômito de manhã;
– Aumento do inchaço ou dor persistente nos ossos ou articulações;
– Protuberância ou massa no abdômen, pescoço ou qualquer outro local;
– Desenvolvimento de uma aparência esbranquiçada na pupila do olho ou mudanças repentinas na visão;
– Febres recorrentes não causadas por infecções;
– Hematomas excessivos ou sangramento, geralmente repentinos;
– Palidez perceptível ou cansaço prolongado.

Protocolo de Arboviroses da UISMAV em 2025

A manhã desta sexta-feira começou com uma importante reunião com a equipe da USIMAV com os protocolos para este ano de 2025 sobre arboviroses, com o Diretor Rodrigo, apresentando o novo protocolo de atendimento.

A apresentação começou mostrando quais são as arboviroses, como dengue, chikungunya, zika, febre amarela, falando também sobre a febre oropouche que é causada pelo mosquito popularmente conhecido como Maruim. O protocolo inclui não a penas as formas de prevenção e tratamento, mas principalmente a abordagem e acolhimento de todos que procurem a unidade com sintomas dessas doenças.

Grupo de Hiperdia

Na manhã desta quinta-feira, dia 06 de fevereiro, tivemos a primeira reunião do Grupo de Hiperdia (hipertensão e diabetes) de 2025 e, como no ano anterior, contando com o total apoio do pessoal do Consultório Verde e da farmacêutica Silvana.

Foram realizadas orientações sobre armazenamento das medicações, sobre os riscos, sobre a importância de tomar a medicação corretamente. Orientado sobre o Consultório Verde, os benefícios e malefícios sobre os chás e sobre os serviços ofertados no Consultório Verde, como auriculoterapia, reflexologia podal entre vários outros, que auxiliam e complementam nos cuidados com os pacientes.

Também foram feitas avaliações do pé diabético, avaliação de sinais vitais e antropométrico e solicitação de exames de rotina.

 

Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência


A Semana Nacional de Prevenção de Gravidez na Adolescência, instituída pela Lei nº 13.798/2019, tem o objetivo de disseminar informações sobre medidas preventivas e educativas que contribuam para a redução da incidência da gravidez na adolescência.

Os adolescentes – indivíduos entre 10 e 20 anos incompletos – representam cerca de 20% a 30% da população mundial, estimando-se que no Brasil essa proporção alcance 23%. Dentre os problemas de saúde nessa faixa etária, a gravidez sobressai em quase todos os países e, em especial, nos países em desenvolvimento.

A taxa mundial de gravidez adolescente é estimada em 46 nascimentos para cada 1 mil meninas de 15 a 19 anos.

No Brasil, um em cada sete bebês é filho de mãe adolescente. A cada hora nascem 48 bebês, filhos de mães adolescentes. Um dado preocupante é o número de bebês com mães de até 14 anos que contabilizou 19.330 nascimentos no ano de 2019, o que significa que a cada 30 minutos, uma menina de 10 a 14 anos torna-se mãe!

A gestação não planejada na adolescência pode resultar da falta de conhecimento da adolescente sobre sua saúde, sobre as consequências na sua vida, bem como ao acesso limitado aos métodos contraceptivos eficazes. Das gravidezes que ocorrem na adolescência, 66% são não intencionais, o que significa que a cada 10 adolescentes que engravidam, 7 referem ter sido “sem querer”.

Diversos fatores concorrem para a gestação na adolescência. No entanto, a desinformação sobre sexualidade, sobre direitos sexuais e reprodutivos é o principal motivo. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, incluindo o uso inadequado de contraceptivos, como métodos de barreira e preservativos.

Além do aspecto social – a adolescente tem, por exemplo, sua vida escolar interrompida – e do aumento da situação de vulnerabilidade dessa jovem mãe e seu bebê, principalmente no caso de famílias com baixa renda, são muitos os riscos à saúde de mãe e filho.

Fatores de risco biológicos:

– Menor 16 anos;
– Competição mãe-feto por nutrientes;
– Altura inferior a 150 cm;
– Peso inferior a 45 kg;
– Doenças crônicas (diabetes, cardiopatia ou renais, hipertensão arterial);
– Infecções sexualmente transmitidas (Sífilis, HIV, hepatites B/C);
– Doenças agudas emergentes (dengue, zika, toxoplasmose, etc.);
– Transtorno psiquiátrico.

Fatores de risco psicossociais:

– Família: disfuncional, doença psiquiátrica, uso de drogas, violência;
– Pobreza, migração, situação de rua, refugiados;
– Usuária de psicoativos (álcool, tabaco, cocaína, crack);
– Automedicação;
– Gestação fruto de estupro/relação extraconjugal;
– Rejeição à gestação;
– Tentativa de abortamento;
– Falta de apoio familiar: mãe, parceiro;
– Início tardio do pré-natal;
– Dificuldade de acesso a serviços de pré-natal.

Fatores de risco obstétricos:

– Menos de 6 consultas de pré-natal;
– Escassez de programas para gestante adolescente;
– Pré-eclâmpsia;
– Desproporção pélvica-fetal;
– Gravidez gemelar;
– Complicações durante o parto;
– Cirurgia cesariana de urgência;
– Infecções durante e pós-parto.

Repercussões da gravidez na adolescência para o recém-nascido (RN):

– Prematuridade;
– Pequeno para idade gestacional;
– Baixo peso (retardo intrauterino);
– APGAR inferior a 5;
– Dismorfias, síndromes congênitas (Síndrome de Down, defeitos neurais);
– Infecções congênitas (sífilis, herpes, toxoplasmose, hepatites B/C, Zika, HIV/aids);
– Necessidade de UTI neonatal;
– Traumatismos e repercussões do parto (hipóxia, paralisia cerebral);
– Dificuldades de amamentação;
– Risco de negligência, ambiente insalubre.

Repercussões da gravidez na adolescência para a adolescente e o RN:

– Depressão e psicose puerperal;
– Abandono do RN em instituições;
– Rejeição do RN do convívio familiar;
– Ausência de amamentação;
– Abandono/omissão de paternidade;
– Acompanhamento pediátrico falho;
– Esquema de vacinação incompleto;
– Abandono escolar, bullying;
– Baixa qualificação profissional da mãe.

Prevenção:

Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação, fato indubitável para a saúde plena, tanto individual quanto coletiva.

10 pontos fundamentais para reduzir as taxas de gravidez na adolescência:

– Sensibilizar e capacitar profissionais da saúde para o atendimento de adolescentes e promover reciclagem periódica destes profissionais;
– Garantir o fornecimento de métodos contraceptivos gratuitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), incluindo os contraceptivos reversíveis de longa ação (LARCs);
– Promover rodas de conversa com Grupos de Adolescentes e formar entre eles, agentes multiplicadores;
– Estimular o envolvimento dos adolescentes na criação de aplicativos ou vídeos educativos com divulgação monitorada;
– Promover interface com as Secretarias de Educação, Saúde, Cultura e Esporte e poder público, executivo e legislativo, buscando ações para medidas legislativas;
– Estabelecer parceria com Instituições de Ensino Superior nas áreas de saúde, educação, esporte, cultura e entidades cientificas;
– Incentivar pesquisas na rede pública com financiamento e premiações;
– Estabelecer linha de cuidado nas UBS e nas unidades de Programa da Família;
– Criar espaços de atendimento em locais vulneráveis;
– Estimular a troca de experiências exitosas interestaduais nacionais e internacionais.

Em outubro de 2021, foi instituído um Grupo de Trabalho para formular propostas para a construção do Plano Nacional de Prevenção Primária do Risco Sexual Precoce e da Gravidez de Adolescentes. A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e conta com a participação dos ministérios da Cidadania, da Educação e da Saúde.

O Plano Nacional, proposto por meio da consulta pública, tem 24 iniciativas e cinco eixos estratégicos: promoção e democratização de conhecimento; formação de atores; sensibilização e mobilização; aprimoramento dos serviços e políticas; e, participação da família.

Fonte:
https://bvsms.saude.gov.br/semana-nacional-de-prevencao-da-gravidez-na-adolescencia-01-a-08-02/

Janeiro Roxo

Dia 26 de janeiro é o Dia Mundial Contra a Hanseníase. Por isso, o mês de janeiro ganhou a cor roxa para alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, cercada de preconceitos e estigma, é contagiosa, mas, tem controle e tratamento oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Uberlândia, o Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), oferece o tratamento por meio do Centro de Referência em Dermatologia Sanitária e Hanseníase (Credesh).

A contaminação ocorre pelo Mycobacterium leprae e, por atingir os nervos, uma das primeiras sequelas é a perda de sensibilidade da pele. Em muitos casos também há perda ou comprometimento severo dos movimentos que, em casos mais graves, pode levar à amputação.

O enfrentamento à hanseníase é um dos principais desafios de saúde pública no Brasil e o diagnóstico precoce é fundamental para a redução da transmissão e do risco de desenvolvimento de incapacidades físicas. Para contribuir com o diagnóstico precoce da doença, em 2022 foram incluídos ao SUS três novos testes de apoio ao diagnóstico e um para detecção de resistência da doença. O uso começa neste ano.

Hanseníase no Brasil

O Brasil ainda é responsável por cerca de 90% dos casos novos diagnosticados nas Américas, sendo o segundo país a diagnosticar mais casos no mundo. Em 2019 foram diagnosticados 27.864 casos novos, dos quais 1.545 foram em pessoas com menos de 15 anos.

hanseníase é uma doença causada por uma bactéria que atinge a pele e os nervos periféricos. Quando não tratada ou tratada tardiamente, pode causar deficiências. Com o objetivo de divulgar essas e outras informações, o Ministério da Saúde lançou a campanha “Hanseníase, Conhecer e Cuidar, de Janeiro a Janeiro”, promovendo ações contínuas de enfrentamento a doença ao longo de todo o ano.

A iniciativa busca disseminar informações sobre a hanseníase, além abordar estigmas e discriminação que dificultam seu diagnóstico e tratamento, com a ajuda de estados e municípios. “É preciso a união de todos no enfrentamento da doença. É importante que os pacientes saibam sobre sinais e sintomas. O tratamento é feito com a Poliquimioterapia Única (PQT-U), disponibilizada gratuitamente pelo SUS”, afirma a doutora Alda Maria Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde.

Confira algumas informações e saiba o que é falso ou verdadeiro sobre a doença:

Falso

  • A hanseníase se pega pelo abraço, utilização de talhares e roupas;
  • A hanseníase é de transmissão hereditária;
  • A hanseníase se cura com tratamento caseiro;
  • Pessoas com hanseníase devem ser afastadas do convívio familiar e social;
  • É impossível ter uma vida normal com hanseníase

Verdadeiro

  • A doença é transmitida de pessoa para pessoa;
  • É transmitida por meio de contato próximo e prolongado;
  • A hanseníase tem tratamento e cura;
  • O tratamento é distribuído gratuitamente pelo SUS;
  • Só transmite a hanseníase quem não está em tratamento ou o faz de forma irregular;
  • A hanseníase atinge a pele e nervos periféricos.

Importância da orientação

Para a fisioterapeuta Geisa Campos, de João Pessoa (PB), ações educativas e de conscientização promovem possibilidades maiores de discussão sobre a doença em rodas de conversa para que as pessoas falem sobre hanseníase, identifiquem os sinais e sintomas e busquem pelo diagnóstico precoce. Ela participou de uma campanha voltada para criança e adolescente e acredita que o próprio paciente é multiplicador de conhecimento sobre a hanseníase. Ela se especializou na temática de hanseníase a partir de um curso oferecido pelo órgão onde trabalhava.

“Sempre gostei de fazer prevenção em incapacidade, mas depois que me especializei na doença, não quis outra área. Ainda mais pelas histórias dos pacientes que passam por nós”, diz.

Emocionada, a fisioterapeuta, também narra a história de uma paciente que tinha um problema no pé e só tinha um par de chinelos que dividia com a irmã e a mãe.

“Como era de uso coletivo, o calçado não poderia ser adaptado para ela. Um dia, por sintoma da doença, ela não sentiu que perdeu o chinelo e, quando eu percebi, ela já estava descalça”, diz.

A fisioterapeuta improvisou um par de calçados e, a partir dessa iniciativa, nasceu a oficina de calçados que, hoje, funciona dentro do Complexo Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa, Paraíba. “Hoje, temos uma sapataria que fornece, gratuitamente, sandália, aparelho dorso flexor para pé caído e splint para mão e garra”, conclui Geisa.

Estigma e discriminação

O desconhecimento sobre as formas de transmissão e sobre a existência da cura, além das deficiências decorrentes da doença, reforçam o estigma. Por isso, o paciente muitas vezes é excluído do seu círculo social. Como forma de enfrentamento ao estigma é importante o envolvimento das pessoas acometidas, seus familiares, comunidade, profissionais de saúde e outros, para promover o entendimento sobre a hanseníase e a desconstrução dos desconhecimentos e medos.

Francilene Carvalho, moradora de Teresina (PI), que trabalhou como trabalhadora doméstica, narra que recebeu diagnóstico de hanseníase e que sofreu discriminação, após seis anos de dor. Ela vivia em uma situação de vulnerabilidade e pensou que, talvez, essa fosse a causa de ser acometida pela doença. “Fiquei uma semana trancada no meu quarto. Minhas filhas passaram a fazer as coisas sozinhas. Tive apoio da minha irmã. Meu medo foi contar para as minhas seis patroas que estava com hanseníase. Elas eram da alta sociedade e não poderia perder meu trabalho”.

“Das seis patroas, só uma me apoiou. Recebi mensagem para ficar em casa, que receberia ajuda. Não queria ouvir isso. Queria ouvir ‘Continue conosco. Trabalhe aqui ainda e vamos te ajudar”, diz.

Para Francilene, o processo de enfrentamento da doença foi difícil, inclusive ao saber que sua filha de 16 anos também havia sido diagnosticada com a doença, mas por conta do diagnóstico precoce, ela foi tratada e curada.

De acordo com a Doutora Alda Cruz, é importante que todas as pessoas que residam ou tenham residido, conviva ou tenha convivido com pessoa acometida pela hanseníase, nos últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico da doença, podendo ser familiar ou não, devam procurar a Unidade Básica de Saúde para realizar exame clínico. “Essa ação faz com que a doença seja diagnosticada mais rápido, possibilitando tratamento e cura, como aconteceu com a filha da Francilene”, diz a médica.

Muitas vezes, Francilene questionou o motivo de ter hanseníase, e com o passar dos anos, ela diz que obteve a resposta. “Não é fácil encarar a doença, a sociedade, mas precisamos ser protagonistas da própria história, não se esconda. Quando mais calarmos, mais o preconceito existirá. Eu tive hanseníase, tratei e hoje estou curada”, finaliza.

 

Fontes:
https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-ufu/comunicacao/noticias/janeiro-roxo-conscientizacao-e-combate-a-hanseniase
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/janeiro/hanseniase-saiba-o-que-e-ou-nao-verdade-sobre-a-doenca

Ação de Conscientização Sobre Hanseníase

Janeiro é o mês da conscientização sobre a Hanseníase, na forma da campanha do “Janeiro Roxo”, diversas lações e campanhas são feita para informar e conscientizar sobre a doença. Nessa sexta-feira, dia 17, toda a equipe da Saúde da Família, em parceria com o Consultório Verde, fizeram uma ação na Praça Pedro Bruno, em frente a estação das barcas, para melhor informar a população.


A ação teve participação das equipes Campo e Ponte, do Consultório Vede e também contou com a presença do diretor da Unidade, Rodrigo Ferreira. Houve distribuição de panfletos informativos, rodada de tira dúvidas com a população, para melhor entender sobre a doença, afim de que as pessoas possam não apenas conhecer, mas também derrubar alguns mitos sobre a hanseníase, sintomas, métodos de prevenção e tratamento.

Janeiro Branco

Janeiro Branco é uma campanha nacional dedicada à promoção da saúde mental e emocional. Inspirada por movimentos como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, a iniciativa foi criada em 2014 pelo psicólogo mineiro Leonardo Abrahão. Seu objetivo é sensibilizar a população para a importância do bem-estar psicológico e estimular a busca por cuidados especializados quando necessários.

Por que Janeiro?
O primeiro mês do ano é simbolicamente associado a recomeços, reflexões e novos projetos. A escolha do nome “Janeiro Branco” remete à ideia de uma “folha em branco”, incentivando as pessoas a reescreverem suas histórias e priorizarem a saúde mental. Segundo o criador da campanha, “o mês é um convite para que cada pessoa reflita sobre suas emoções e relacione-se melhor consigo mesma”.

A Relevância da Campanha
Dados recentes mostram que o Brasil lidera o ranking mundial de transtornos de ansiedade, com 9,3% da população afetada, o que equivale a cerca de 18 milhões de brasileiros. A depressão também é uma preocupação crescente, agravada pelo impacto da pandemia de COVID-19, que levou a um aumento de 25% nos casos de transtornos mentais no país, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O Janeiro Branco é um momento oportuno para fomentar debates sobre a saúde mental e reduzir o estigma que ainda cerca as doenças emocionais. É uma campanha que incentiva a prevenção e o tratamento adequados”, afirma o psiquiatra Caio Gibaile, especialista em transtornos de ansiedade e depressão.

Como Buscar Ajuda
A saúde mental é parte integrante do Sistema Único de Saúde (SUS). Diversos serviços gratuitos estão disponíveis:

  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): O primeiro passo é buscar atendimento com um clínico geral na UBS mais próxima, que pode encaminhar o paciente a um psicólogo ou psiquiatra.
  • Centros de Atenção Psicossocial (CAPS): Esses centros oferecem atendimento especializado com equipes multidisciplinares e são organizados por faixa etária e demandas específicas, como o CAPS Infantil (CAPSi) e o CAPS para usuários de álcool e drogas (CAPSad).
  • Clínicas-Escola de Psicologia: Universidades que oferecem cursos de Psicologia dispõem de clínicas-escola, onde alunos supervisionados por professores realizam atendimentos gratuitos ou a preços acessíveis.
  • Centro de Valorização da Vida (CVV): O CVV disponibiliza apoio emocional 24 horas por meio do telefone 188 ou pelo chat online no site oficial.

Cristiano Nabuco, psicólogo e pesquisador da USP, reforça: “Identificar sinais de sofrimento emocional é essencial. Mudanças de comportamento, como isolamento ou alterações no sono, são indicativos de que algo não está bem. Buscar ajuda especializada pode ser o primeiro passo para uma vida mais equilibrada”.

Ação Interna no CETENE
Como parte de nossas atividades no Janeiro Branco, o CETENE promove na sexta-feira (17), palestra especial para o público interno, intitulada: “Do jeito de CAPS gosta? – Desmistificando o Serviço de Saúde Mental”. A palestrante convidada Renata Lopes de Souza, Assistente Social graduada pela Universidade Federal de Pernambuco e especialista na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Renata possui ampla experiência em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e atualmente é servidora pública nos municípios do Recife e Paulista (PE). A palestra aborda os desafios e oportunidades no atendimento à saúde mental, promovendo reflexões e esclarecimentos para os participantes.

Conclusão
O Janeiro Branco é mais do que uma campanha; é um movimento que nos convida a refletir sobre nossas emoções e a cuidar da saúde mental com a mesma dedicação que damos à saúde física. No CETENE, reforçamos a importância de iniciativas como esta para construir uma sociedade mais consciente e resiliente.

Fonte:
https://www.gov.br/cetene/pt-br/assuntos/noticias/janeiro-branco-uma-reflexao-sobre-a-importancia-da-saude-mental

Dia da HiperDia no Campo

Fim de ano não significa fim do trabalho, é justamente nesse período no ano onde devemos fiar atentos para muitas coisas, a Equipe Campo foi em peso para próximos de seus cadastrados para proporcionar um dia de atendimentos presenciais fora da unidade, no último sábado, dia 21 de dezembro, com a presença da médica, enfermeira e agentes comunitários, além do pessoal do Consultório verde, que auxiliaram e complementaram os serviços.

O foco da ação foi nos atendimentos para hipertensão e diabetes, fazendo aferição de pressão, teste de glicemia, passando orientações, mas não apenas isso, duvidas sobre diversos outros temas de saúde também eram debatidos e esclarecidos. Com a presença e apoio do Consultório Verde, também foi oferecido sessões de aurículo terapia para os presentes.

A ação aconteceu das  09h às 12h, na área do Campo, contando com 35 atendimentos.

Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea

A semana comemorativa foi instituída pela Lei nº 11.930/2009 e orienta que, nesse período, sejam desenvolvidas atividades de esclarecimento e incentivo à doação de medula óssea e à captação de doadores.

As ações, atividades e campanhas publicitárias devem envolver órgãos públicos e entidades privadas a fim de informar e orientar sobre os procedimentos para o cadastro de doadores, a importância da doação de medula óssea para salvar vidas e sobre o armazenamento de dados no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea – REDOME.

Pela proximidade com as celebrações natalinas, a campanha utiliza como slogan, a frase: “Neste Natal, dê um presente a quem precisa de você para viver: cadastre-se como doador de medula”.

Para reunir as informações (nome, endereço, resultados de exames, características genéticas) de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado, em 1993, o REDOME, coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) desde 1998. Desta forma, com as informações do receptor que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do sangue, como: leucócitos (glóbulos brancos), hemácias (glóbulos vermelhos) e plaquetas.

Pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico podem ter o transplante como única esperança de cura. As principais são leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras.

Para que se realize o transplante de medula é necessário haver uma total compatibilidade entre doador e receptor. Caso contrário, a medula será rejeitada. A análise de compatibilidade é realizada por meio de testes laboratoriais específicos, a partir de amostras de sangue do doador e do receptor, chamados de exames de histocompatibilidade.

Com base nas leis da genética, as chances de um indivíduo encontrar um doador ideal entre irmãos (mesmo pai e mesma mãe) é de 25%, enquanto que, entre indivíduos não aparentados, é, em média, de 1 em 100 mil.

Quem pode doar:

Há alguns critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea, como por exemplo, ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, preencher uma ficha com informações pessoais e coletar uma amostra de sangue com cinco ml para testes de compatibilidade. As informações pessoais são inseridas no banco de dados REDOME e o cadastro ficará ativo até os 60 anos de idade do doador.

Antes da doação, o doador faz um rigoroso exame clínico incluindo exames complementares para confirmar o seu estado de saúde. Não há exigência quanto à mudança de hábitos de vida, trabalho ou alimentação.

Procedimentos de doação:

Há dois tipos de procedimento para a doação e a escolha do mais adequado é feita pelo médico.

– Procedimento I: O doador passará por internação hospitalar e será anestesiado em centro cirúrgico. A medula é retirada do interior dos ossos da bacia por meio de punções (pequenas perfurações feitas com agulha). Serão retirados aproximadamente de 500 a 700 ml da medula. Os doadores retornam às suas atividades habituais cerca de uma a duas semanas após a doação. O tempo mínimo de internação hospitalar é de 24 horas.

– Procedimento II: A coleta das células-tronco hematopoiéticas será feita diretamente do sangue periférico e para isso o doador recebe algumas doses de medicação injetável que estimula a migração destas células da medula para o sangue, permitindo sua retirada por meio do procedimento de aférese (doação automatizada), através de uma punção venosa, parecido com o processo de doação de sangue. Neste caso, não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos por via sanguínea.

A medula óssea do doador se recompõe em apenas 15 dias. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.

Já o receptor deve se submeter a um tratamento que destrói as células sanguíneas doentes de sua medula óssea, e recebe as células sadias como se fosse uma transfusão de sangue. Durante o período em que estas células ainda não são capazes de produzir glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas em quantidade suficiente para manter as taxas dentro da normalidade, o paciente fica mais exposto a episódios infecciosos, devendo ser mantido internado no hospital. Cuidados com a dieta, limpeza e esforços físicos são necessários.

Com mais de 3 milhões e 700 mil doadores cadastrados, o REDOME é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo. Reúne todos os dados dos voluntários à doação para pacientes que não possuem um doador na família. A chance de se identificar um doador compatível, no Brasil, na fase preliminar da busca é de até 88%, e ao final do processo, 64% dos pacientes têm um doador compatível confirmado.

Dezembro Vermelho

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Dezembro Vermelho marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça que beneficiários de planos de saúde têm direito a coberturas obrigatórias que permitem o diagnóstico e o acompanhamento da Aids. O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da reguladora garante acompanhamento médico por meio de consultas, em número ilimitado de atendimentos, inclusive com especialistas (infectologistas), além de assegurar, exames laboratoriais Anti-HIV, pesquisa de anticorpos, antígeno P24, carga viral por PCR, NASBA, BDNA e teste qualitativo por PCR, e teste rápido para detecção de HIV em gestantes. O Rol também determina cobertura para o teste de genotipagem do HIV para os casos suspeitos de resistência viral e/ou risco de falha terapêutica, exames de qualificação no sangue do doador e prova pré-transfusional no sangue do receptor.

Também é importante ressaltar que as operadoras de planos de saúde estão proibidas de recusar clientes em função de serem portadores de doenças preexistentes – como os portadores do vírus HIV – não podem excluir beneficiários usando estes motivos.

Atenta à importância da prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) – como a Aids, a Agência estimula os planos de saúde na realização de Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças – Promoprev, oferecendo cuidado contínuo a cerca de 2,8 milhões de beneficiários.

Brasil Registra Menor Mortalidade por AIDS da Série Histórica

Em 2023, houve aumento de 4,5% nos casos de HIV em comparação a 2022, demonstrando aumento da capacidade de diagnóstico dos serviços de saúde brasileiros. Os dados fazem parte do novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado esta semana. Apesar do aumento da detecção de casos – diretamente ligado ao fato de algumas pessoas se testarem pela primeira vez – a taxa de mortalidade por aids foi de 3,9 óbitos, a menor desde 2013.

Quanto ao perfil das pessoas que concentram a maioria dos casos de infecção pelo HIV em 2023, os dados apontam que 70,7% foram notificados em pessoas do sexo masculino, 63,2% ocorreram em pessoas pretas e pardas, e que 53,6% em homens que fazem sexo com homens. A razão de sexos é de 2,7 casos em pessoas do sexo masculino para cada caso do sexo feminino. A faixa etária com mais casos, 37,1%, é a de 20 a 29 anos de idade, sendo que, no sexo masculino, a mesma faixa etária concentra 41% dos casos. Os dados reforçam a necessidade de considerar os determinantes sociais para respostas efetivas à infecção e à doença, além de incluir populações-chave esquecidas pelas políticas públicas no último governo.

A eliminação da aids como problema de saúde pública até 2030 compõe uma das metas do Brasil Saudável, programa do governo federal com o objetivo de eliminar ou reduzir 14 doenças e infecções que acometem, de forma mais intensa, as populações em situação de maior vulnerabilidade social. O Brasil foi o primeiro país do mundo a lançar uma política governamental com esse foco.

A meta é que a maioria das doenças sejam eliminadas como problemas de saúde pública: malária, doença de Chagas, tracoma, filariose linfática, esquistossomose, oncocercose, geo-helmintíase, além de cinco infecções de transmissão vertical (sífilis, hepatite B, doença de Chagas, HIV e HTLV). Também o cumprimento das metas da OMS para diagnóstico, tratamento e redução da transmissão da tuberculose, hanseníase, hepatites virais e HIV e aids.

Sobre os casos de aids, em 2023, foram registrados 38 mil casos da síndrome, com a região Norte registrando a maior taxa de detecção do país, 26%, seguida pela região Sul, 25%. No ranking de casos, Boa Vista-RR, Manaus-AM e Porto Alegre-RS, apresentam taxas de detecção de 50,4%, 48,3% e 47,7%, respectivamente. Pessoas do sexo masculino foram responsáveis por cerca de 27 mil dos casos registrados.

A faixa etária com maioria dos casos de aids é a de 25 a 29 anos de idade, com 34%, seguida da de 30 a 34 anos, com 32,5%. Quando observado somente o sexo masculino, essas mesmas faixas etárias correspondem a 54,8% e 50,3%. Quanto à categoria de exposição, em 2024, 43,9% dos casos notificados da síndrome ocorreram entre pessoas do sexo masculino homossexuais e bissexuais.

Especificamente em 2023, foram registrados 10.338 óbitos por aids, mas a mortalidade padronizada registrada foi 3,9%, a menor desde 2013.

Brasil dobrou número de usuários da PrEP

Em 2024, até o momento, o Brasil atingiu a marca de 109 mil usuários de Profilaxia Pré-Exposição (PrEP). Em 2022, o quantitativo era de 50,7 mil usuários. Esse marco reforça o compromisso do governo brasileiro na resposta ao HIV e à aids, garantindo que mais pessoas tenham acesso a estratégias de prevenção eficazes e seguras. O aumento da capacidade de diagnóstico está diretamente relacionado às ações de ampliação da oferta de insumos de prevenção, em particular a PrEP.

Distribuída gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), a PrEP é uma estratégia essencial na prevenção da infecção pelo HIV, além de ser considerada pelo Ministério da Saúde uma das principais iniciativas para a eliminação da doença como problema de saúde pública até 2030.

Para Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/AIDS, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, o aumento da capacidade de diagnóstico está diretamente relacionado às ações de ampliação da oferta de insumos de prevenção, em particular a profilaxia pré-exposição (PrEP).

“Em 2024, tivemos um aumento de 100% de usuários de PrEP, totalizando cerca de 109 mil usuários. Para entrar em PrEP, as pessoas precisam se testar. Somente com essa iniciativa, aumentamos exponencialmente nossa capacidade de diagnóstico e, inclusive, alcançamos mais uma meta de eliminação da aids como problema de saúde pública até 2030”, afirmou.

Brasil amplia diagnóstico de HIV e cumpre mais uma meta da ONU

O Brasil também alcançou mais uma meta de eliminação da aids como problema de saúde pública. Em 2023, o país diagnosticou 96% das pessoas estimadas de serem infectadas por HIV e não sabiam da condição sorológica. Os dados são do Programa Conjunto das Nações Unidas para o HIV e a aids (Unaids). O percentual é calculado a partir da estimativa de pessoas vivendo com HIV.

Para acabar com a aids como problema de saúde pública, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu metas globais: ter 95% das pessoas vivendo com HIV diagnosticadas; ter 95% dessas pessoas em tratamento antirretroviral; e, dessas em tratamento, ter 95% em supressão viral, ou seja, com HIV intransmissível. Hoje, em números gerais, o Brasil possui, respectivamente, 96%, 82% e 95% de alcance.

Em 2023, o Ministério da Saúde já havia anunciado o cumprimento da meta de pessoas com carga viral controlada (95%). Agora, novos dados mostram que ano passado o Brasil subiu seis pontos percentuais na meta de diagnóstico das pessoas vivendo com HIV, passando de 90% em 2022 para 96% em 2023. Com isso, é possível afirmar que o Brasil cumpre duas das três metas globais da ONU com dois anos de antecedência.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, exaltou a meta atingida e lembrou do compromisso do governo federal em priorizar e recuperar esta pauta. “Não foi fácil essa reconstrução. Esse trabalho é resultado do diálogo com a sociedade civil e vários movimentos que, historicamente, também foram responsáveis pela centralidade que a agenda passou a ter como política pública”, observou.

Segundo o Ministério da Saúde, o aumento foi registrado devido à expansão da oferta da Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), uma vez que para iniciar a profilaxia, é necessário fazer o teste. Com isso, mais pessoas com infecção pelo HIV foram detectadas e incluídas imediatamente em terapia antirretroviral. O desafio agora é revincular as pessoas que interromperam o tratamento ou foram abandonadas, muitas delas no último governo, bem como disponibilizar o tratamento para todas as pessoas recém diagnosticadas para que tenham melhor qualidade de vida.

Fontes:
https://www.gov.br/ans/pt-br/assuntos/noticias/sobre-ans/dezembro-vermelho-mes-de-luta-contra-a-aids-hiv-e-outras-ists#:~:text=O%20Dezembro%20Vermelho%20marca%20uma,pessoas%20infectadas%20com%20o%20HIV
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/brasil-registra-menor-mortalidade-por-aids-da-serie-historica